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Dólar cai a R$ 3,79 e fecha no menor nível desde 20 de março

A aprovação do texto-base da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara levou o dólar a fechar abaixo de R$ 3,80 pela primeira vez desde 20 de março, quando terminou cotado em R$ 3,76.

A aprovação do texto-base da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara levou o dólar a fechar abaixo de R$ 3,80 pela primeira vez desde 20 de março, quando terminou cotado em R$ 3,76. Com o feriado nos Estados Unidos, por causa do Dia da Independência, o volume de negócios no mercado de câmbio foi menor hoje e os investidores passaram o dia antenados com os eventos em Brasília. No final do dia, o dólar à vista terminou em baixa de 0,70%, a R$ 3,7994.

O real foi uma das moedas que mais ganhou força perante o dólar no mercado internacional, atrás apenas do peso argentino. A leitura dos investidores é que a aprovação hoje abre espaço para o texto da Previdência ser aprovado no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar. Com essa visão, tesourarias de bancos e fundos desmontaram posições defensivas no câmbio, de acordo com operadores. Além disso, exportadores aproveitaram para vender a moeda americana e na mínima, o dólar caiu a R$ 3,78.

Para o chefe da mesa de câmbio da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, após a aprovação de hoje, para o dólar cair ainda mais, será preciso o texto passar pelo plenário da Câmara. Mas já agora as cotações embutem uma perspectiva de melhora da economia com o avanço das medidas que alteram as aposentadorias no Brasil.

Na tarde de hoje, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu um pacote de medidas para ser tocado após a aprovação da reforma. No exterior, Velloni destaca que os investidores estão com expectativa positiva para a reformas, mas o tom ainda é de prudência, esperando avanços concretos antes de aportar recursos. Após o fechamento do câmbio, as mesas monitoravam ainda a votação dos destaques.

Após um dia com foco no mercado doméstico, a sexta-feira terá a divulgação do relatório mensal de emprego dos Estados Unidos, o payroll, um dos indicadores mais aguardados pelo mercado, pois baliza as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os números podem mexer no mercado internacional de câmbio. Os economistas do JPMorgan esperam criação de 140 mil postos de trabalho, com taxa de desemprego estável em 3,6%.

Para o diretor de moedas em Nova York da BK Asset Management, Boris Schlossberg, um dos riscos é um movimento de fuga de ativos de emergentes, ou seja, enfraquecimento de suas moedas, caso o relatório venha fraco e aumente o temor de desaceleração da economia americana. Ao mesmo tempo, um relatório com número mais fraco deve reforçar a visão de ao menos dois cortes de juros pelo Fed este ano.

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